terça-feira, 4 de março de 2014

E agora?

As vezes me pergunto o que é o certo,
O que devo fazer ou se devo fazer tal coisa.
Nem sempre chego a uma conclusão.
Penso, reflito, indago, imagino...
E não consigo ver uma única alternativa
Para minhas dúvidas.
Com tal atitude fico feliz, mas machuco outra pessoa.
Se disser sim para tal situação, não estarei olhando para mim.
E se disser não, não me encaixo na maioria.
E agora? O que faço?
Ir com os outros e não ter opinião,
Deixar-se levar pela maioria
ou continuar pensando em um jeito de mostrar quem realmente sou?
A cada pensamento me perco mais.
Em cada decisão o receio e o medo são maiores.
Não sei por qual caminho seguir,
Não sei qual porta devo abrir...
E agora? O que faço?


segunda-feira, 3 de março de 2014

Quando chove...



Existem dias que não estão em sintonia com nós mesmos.
Parecem que foram feitos para dar tudo errado.
As coisas acontecem tudo ao avesso!
Parece que o sol não brilha direito, ilumina apenas os outros.
Só nos resta a sombra de um dia cinza e nublado que nos ofusca.
Tudo a nossa volta vai formando uma tempestade densa
E até que ela caia por completo, nada vai ficar bem.
Suportar seus efeitos é difícil.
Os ventos intensos nos arrastam sem rumo,
Os trovões atordoam nossa mente,
A chuva forte não nos deixa enxergar um passo a nossa frente...
Até que ela molhe cada cantinho, cada brecha,
Ainda estamos sujeitos aos efeitos do cinza e do frio congelante.
Depois que ela passa, vem o sol, a luz, as cores vivas
E o calor que nos dá forças...
Quando ela se for, é só torcer para que a próxima demore a cair...


Fúria!



Vozes, reclamações, angústias,
Gritos, fúria, desespero...
De repente, toda essa euforia sobe de uma vez!
O sangue ferve.
Raiva incontrolável.
Ódio que cega completamente.
Um indivíduo contra o resto do mundo.
Sentindo-se usado,
Descartável, enganado,
Magoado, sangrando por dentro...
Em questão de minutos,
Tenho feridas incuráveis
Que deixam marcas eternas.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Fim

As coisas começam a passar pela cabeça.
Tudo em volta parece turvo,
A sensação de que o fim tá chegando domina,
Fico imóvel, estática...
Só observando enquanto ainda posso.
As lembranças do que já fiz,
Do que deveria ter feito
E das escolhas da minha vida
Não param de tomar conta do meu pensamento.
E de repente,
A última lágrima,
A última palavra,
O sorriso final e fecho meus olhos...
Quando abro novamente,

Sem lembranças, sem dor, apenas a imensidão do vazio...

Para sempre

Mesmo de longe consigo andar ao seu lado.
Milhas de distancia não nos desconectam
Contudo, vivo na sua cola e você não me percebe.
Te observo atentamente a cada passo.
Te sigo irrevogavelmente no seu caminho.
Abraço sem opções as suas escolhas.
Mergulho profundamente no seu universo...
Desde que perdi o meu, fiz de você a minha estrada.
Não penso mais, só deslumbro teus passos e sigo teus rastros.
Me perdeu quando, sem opção, segui a luz e te deixei sozinho.
Mas, te reencontrei quando me deram a missão de te guardar silenciosamente...

Até que não existam mais muros que nos separe...